As alterações climáticas são a maior ameaça ambiental que a humanidade enfrenta.
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O problema
As alterações climáticas são a modificação da temperatura e de outras variáveis climáticas, que estão a acontecer a uma velocidade e intensidade sem precedentes na história da humanidade, em consequência da atividade humana.
Estão a ocorrer em todo o mundo e as suas consequências podem ser catastróficas, tanto para o ambiente como para as pessoas. A atividade humana, em particular e principalmente a queima de combustíveis fósseis que geram gases com efeito de estufa, é a causa desta grande ameaça ambiental, a maior alguma vez enfrentada pela humanidade.
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O impacto
Os impactos das alterações climáticas já são percetíveis e são evidenciados pelos dados da Organiçao Meteorológica Mundial (OMM) como:
- A temperatura média mundial aumentou 1,11 ± 0,13 °C desde a era pré-industrial.
- Os sete anos que se seguiram a 2015 são os mais quentes de que há registo. A década de 2011 a 2020 foi a mais quente até agora registada.
- As emissões globais de gases com efeito de estufa continuam a aumentar todos os anos, atingindo um máximo de 59 GT CO2 eq. em 2019 (IPCC, 2022).
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- Em outubro de 2022, a concentração média mensal de CO2, medida pela Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos EUA (NOAA) no seu observatório de Mauna Loa, no Havai, voltou a atingir um máximo histórico acumulado de 420,99 partes por milhão (ppm), uma quantidade de CO2 que não era registada há três milhões de anos.
- O teor de calor dos oceanos atingiu níveis sem precedentes. A dada altura em 2021, grande parte do oceano foi afetada por, pelo menos, uma onda de calor marítima “intensa”.
- O nível médio do mar a nível global atingiu um novo máximo em 2021, depois de ter subido em média 4,5 mm por ano durante o período de 2013-2021. Este valor é mais do dobro do registado entre 1993 e 2002.
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Uma ameaça real
Atualmente, vemos também como os impactos das alterações climáticas se manifestam com maior intensidade:
- Fenómenos meteorológicos extremos, como secas, tempestades e furacões.
- Ondas de calor mais intensas, mais duradouras e mais frequentes do que nunca.
- Mega incêndios.
- Secas.
Estes impactos, por sua vez, causam danos económicos e sociais, que se tornarão cada vez mais graves, como danos nas colheitas e na produção alimentar ou riscos para a saúde.
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Nos piores cenários projetados pelos especialistas, o aumento da temperatura poderia chegar a 4,8°C até ao final do século. As alterações climáticas são um problema global que abrange uma perspetiva ambiental, política, económica e social em que as piores previsões também implicam enormes perdas económicas. Quanto mais tempo levarmos a agir, mais altos serão os investimentos para a adaptação ao aumento das temperaturas, e podemos chegar a um limite em que já não seja possível a adaptação.
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¡Exigir justiça face à emergência climática
El 79% das emissões de gases com efeito de estufa na União Europeia devem-se à queima de combustíveis para fins energéticos ou de transporte, de acordo com os dados do Eurostat.
«As alterações climáticas são uma realidade que já tem implicações inevitáveis, mas ainda podemos minimizar as suas consequências mais graves.»
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A solução
O setor energético, devido à sua utilização de energia suja – petróleo, carvão e gás – é um dos que mais contribui para o aquecimento global. Cerca de 90 empresas são responsáveis por quase dois terços das emissões a nível mundial. E apenas 20 delas, todas dedicadas aos combustíveis fósseis emitem 35% de todos os gases com efeito de estufa do mundoellas.
As grandes empresas de eletricidade continuam a produzir grande parte da sua eletricidade a partir de fontes não renováveis, e é por isso que estamos a trabalhar para mudar este modelo insustentável e acelerar a transição para um sistema energético eficiente, inteligente, 100% renovável e democrático.
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A revolução energética nas mãos dos cidadãos é o caminho a seguir. As energias renováveis, a poupança e a eficiência energética, a eletrificação, a gestão da procura, a integração e a inteligência, uma reforma profunda do sistema elétrico e de transporte contribuirão para atenuar os efeitos das alterações climáticas, criar emprego e reduzir os custos da eletricidade. Temos de abandonar os combustíveis poluentes e a energia nuclear e aumentar a participação cidadã para podermos beneficiar da transição para as energias renováveis.
O que está a fazer a Greenpeace
A Greenpeace trabalha para promover soluções para travar as alterações climáticas, com especial incidência no setor energético (para acabar com a dependência dos combustíveis fósseis e da energia nuclear e acelerar a sua substituição por energias renováveis) e nos transportes, apoiando políticas que permitam um sistema energético democrático e 100% renovável, baseado na poupança e na eficiência, bem como acordos e tratados internacionais para reduzir as emissões globais.
Para isso, trabalhamos para denunciar a falta de ambição climática dos governos, acabar com o poder das empresas de combustíveis fósseis, promover as energias renováveis nas mãos dos cidadãos, reformar profundamente as regras do mercado da eletricidade que favorecem as grandes empresas, conseguir uma mobilidade sustentável para todas as pessoas, transformar as cidades e dar a volta ao sistema com uma recuperação verde e justa.
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O que podes fazer
Junta-te à Greenpeace! Junta-te à nossa organização para exigir que os governos e as empresas adotem políticas e práticas sustentáveis. Onde uma pessoa não consegue chegar, um coletivo consegue.