O nosso atual modelo capitalista de produção e consumo, altamente dependente dos combustíveis fósseis, beneficia apenas 0,1% da população mundial.

Este modelo é antidemocrático, patriarcal, racista e mede o progresso apenas em termos produtivistas ou consumistas, não em termos de bem-estar. A sua força avassaladora é o principal motor da atual crise eco-social, produzindo desigualdade e destruição do planeta. É simplesmente insustentável.

2,8 planetas
é o que precisaríamos para manter o nosso atual sistema socioeconómico.
300 anos depois
de capitalismo é essencial mudar a forma como produzimos, consumimos e vivemos

O problema

Há anos que muitos países aumentam o seu PIB, ao mesmo tempo que a sua esperança de vida diminui. O modelo socioeconómico atual vira as costas ao bem-estar das pessoas e à vida no planeta.

Estamos a seguir o rumo errado. Utilizamos o PIB como principal indicador de desenvolvimento, quando sabemos que o crescimento infinito é incompatível com os limites biofísicos do planeta. O PIB não mede a poluição, nem a degradação da saúde pública, nem o impacto humano das guerras e das catástrofes climáticas.

Este modelo promove a desigualdade extrema ao serviço das oligarquias, o que leva à ascensão de regimes autocráticos, à deterioração da democracia e, especialmente, da liberdade de expressão e do direito de protesto, e dificulta a satisfação das necessidades básicas das pessoas.

soluçiao

A solução

Estamos a viver múltiplas crises provocadas e mantidas por um modelo que urge mudar radicalmente. Não existe uma solução única, mas sim um conjunto de propostas, algumas delas inevitáveis, como deixar de consumir energia e bens com a atual velocidade e avidez, e fazê-lo com maior consciência das consequências para os territórios e comunidades, e com critérios de suficiência e eficiência.

Temos de promover um diálogo calmo e urgente para democratizar a economia, redistribuir a riqueza e reforçar o espaço cívico e o direito de protesto.

Estamos comprometidos com uma visão ecofeminista de uma economia ao serviço das pessoas e dos seus cuidados, com a medição da prosperidade para além do PIB e com a regeneração da sociedade e dos nossos ecossistemas.

O novo modelo deve antepor o bem-estar ao crescimento ilimitado, a justiça fiscal à rapina das elites abastadas, a recuperação ambiental à sobre-exploração dos recursos. A sustentabilidade e a economia circular devem substituir o consumismo e o desperdício, e os serviços públicos devem ser defendidos contra os cortes e a privatização.

O que está a fazer a Greenpeace

Há anos que a Greenpeace trabalha para transformar a utopia de um novo modelo socioeconómico em mudanças reais.

Em muitos países, e também internacionalmente, trabalhámos e continuamos a trabalhar para mostrar as anomalias do sistema, para denunciar quem ganha e quem perde, e para fazer propostas de mudança. Para isso, concentramo-nos em alguns aspetos do modelo e em algumas ações:

  • Contribuímos para o diálogo que analisa e denuncia o modelo, com um discurso que nos permite explicar a sua insustentabilidade geral e os seus aspetos mais nocivos, e construímos coletivamente alternativas ao modelo que colocam no centro as atividades, as políticas e as relações que permitem sustentar a vida em condições de justiça.
  • Desenvolvemos campanhas e comunicações para denunciar a situação com dados e para mudar as políticas e práticas dos atores que operam no sistema, incluindo os cidadãos e o seu comportamento relativamente ao que é justo e responsável fazer com os recursos planetários que nos pertencem a todos.
  • Promovemos a construção e o reforço de espaços democráticos e de instituições transparentes, nos quais a voz dos jovens e os interesses das gerações futuras sejam ouvidos e respeitados.
  • Fazemos propostas viáveis para a necessária redistribuição do poder e da riqueza e para o reforço dos fundos públicos, fazendo com que o poluidor pague, propondo tributar a riqueza e deixar de subsidiar as indústrias prejudiciais, e dedicar esses fundos à melhoria do bem-estar das pessoas.

Não haverá desenvolvimento, nem bem-estar, nem transição para um novo modelo sem paz. Denunciamos também os conflitos e as suas causas, muitas delas ligadas à luta pelos recursos que tornamos escassos.

O que podes fazer

Junta-te à Greenpeace! Junta-te à nossa organização para exigirmos às instituições internacionais, governos e empresas que adotem políticas e práticas que conduzam a um novo modelo económico e a um novo pacto social. Onde uma pessoa não consegue chegar, um coletivo consegue. Clica aqui para te juntares à Greenpeace!